Para
falar podemos começar... Digamos que eu queira contar alguns causos da vida que
cada um vive a seu modo, porém com aquele algo mais que tudo envolve e
relaciona, de uma forma ou de outra. Que eu queira selecionar o que prefiro, o que me diz alguma coisa, o que tem alguma relação com a minha vida, afinal o que importa mais que nossas vidas? Que seja esse espaço um pouco de mim que tem muito de vocês companheiros dessa curta estrada da vida, que não podemos nem pensar em deixar de curti-la ao máximo, de forma intensa, enquanto não termina... Talvez tendo sempre em mente a ideia do eterno retorno de de Nietzsche:
"E se um dia ou uma noite um demônio se esgueirasse em tua mais solitária solidão e te dissesse: "Esta vida, assim como tu vives agora e como a viveste, terás de vivê-la ainda uma vez e ainda inúmeras vezes: e não haverá nela nada de novo, cada dor e cada prazer e cada pensamento e suspiro e tudo o que há de indivisivelmente pequeno e de grande em tua vida há de te retornar, e tudo na mesma ordem e sequência - e do mesmo modo esta aranha e este luar entre as árvores, e do mesmo modo este instante e eu próprio. A eterna ampulheta da existência será sempre virada outra vez, e tu com ela, poeirinha da poeira!". Não te lançarias ao chão e rangerias os dentes e amaldiçoarias o demônio que te falasses assim? Ou viveste alguma vez um instante descomunal, em que lhe responderías: "Tu és um deus e nunca ouvi nada mais divino!" Se esse pensamento adquirisse poder sobre ti, assim como tu és, ele te transformaria e talvez te triturasse: a pergunta diante de tudo e de cada coisa: "Quero isto ainda uma vez e inúmeras vezes?" pesaria como o mais pesado dos pesos sobre o teu agir! Ou, então, como terias de ficar de bem contigo e mesmo com a vida, para não desejar nada mais do que essa última, eterna confirmação e chancela?"
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