William Butler Yeats
Homenagem a um dos maiores poetas
irlandeses. Yeats nasceu em Dublin em 13 de Junho de 1865, e faleceu em 28 de Janeiro de 1939. Foi um poeta e dramaturgo. Atuou ativamente no Renascimento Literário Irlandês. Ganhou o Prêmio Nobel de Literatura em 1923.
Conterrâneo de James Joyce e Oscar Wilde, a poesia de W. B. Yeats foi influenciada pelo folclore irlandês e, da mesma forma, pelo misticismo.
...
COM
O TEMPO A SABEDORIA
Embora
muitas sejam as folhas, a raiz é uma só;
Ao
longo dos enganadores dias da mocidade,
Oscilaram
ao sol minhas folhas, minhas flores;
...
Quando fores velha, grisalha, vencida pelo sono,
Dormitando junto à lareira, toma este livro,
Lê-o devagar, e sonha com o doce olhar
Que outrora tiveram teus olhos, e com as suas sombras profundas;
Muitos amaram os momentos de teu alegre encanto,
Muitos amaram essa beleza com falso ou sincero amor,
Mas apenas um homem amou tua alma peregrina,
E amou as mágoas do teu rosto que mudava;
Inclinada sobre o ferro incandescente,
Murmura, com alguma tristeza, como o Amor te abandonou
E em largos passos galgou as montanhas
Escondendo o rosto numa imensidão de estrelas.
...
...
A
ROSA DO MUNDO
Quem
sonhou que a beleza passa como um sonho?
Por
estes lábios vermelhos, com todo o seu magoado orgulho,
Tão
magoados que nem o prodígio os pode alcançar,
Tróia
desvaneceu-se em alta chama fúnebre,
E
morreram os filhos de Usna.
Nós
passamos e passa o trabalho do mundo:
Entre
humanas almas que se agitam e quebram
Como
as pálidas águas e seu fluxo invernal,
Sob
as estrelas que passam, sob a espuma do céu,
Vive
este solitário rosto.
Inclinai-vos,
arcanjos, em vossa incerta morada:
Antes
de vós, ou de qualquer palpitante coração,
Fatigado
e gentil alguém esperava junto ao seu trono;
Ele
fez do mundo um caminho de erva
Para
os seus errantes pés.
...
AEDH
DESEJA OS TECIDOS DOS CÉUS
Fossem
meus os tecidos bordados dos céus,
Ornamentados
com luz dourada e prateada,
Os
azuis e negros e pálidos tecidos
Da
noite, da luz e da meia-luz,
Os
estenderia sob os teus pés.
Mas
eu, sendo pobre, tenho apenas os meus sonhos.
Eu
estendi meus sonhos sob os teus pés
Caminha
suavemente, pois caminhas sobre meus sonhos.
...
MORTE
Nem
temor nem esperança assistem
Ao
animal agonizante;
O
homem que seu fim aguarda
Tudo
teme e espera;
Muitas
vezes morreu,
Muitas
vezes de novo se ergueu.
Um
grande homem em sua altivez
Ao
enfrentar assassinos
Com
desdém julga
A
falta de alento;
Ele
conhece a morte até ao fundo —
O
homem criou a morte.
...
Créditos:
Tradução:
Péricles Eugênio da Silva Ramos
http://apoesiadeyeats.blogspot.com.br/
http://humanasblog.wordpress.com/2009/07/09/yeats-um-poeta-irlandes-e-universal/
Nenhum comentário:
Postar um comentário