O Tombo
(Tatá)
Meu Pai, Jadir Melgaço “o
Capitão” tinha uma barbearia com porta para a rua Dr. José Argemiro de Moura,
na antiga casa de esquina da Praça Abaeté, que minha mãe, Maria Albanita
Melgaço “a Titita”, herdou de minha Avó materna, Maria da Conceição Silva. Nessa época meu Pai estava exercendo outra
atividade que não me lembro qual, provavelmente como motorista da linha Dores –
Abaeté, com a Jardineira do Bizinho e, por isso, o barbeiro naquele dia era meu
tio materno, José Milton da Silva “o Tatá”.
Numa manhã ensolarada chegou um
freguês que deixou seu cavalo estacionado
bem próximo à porta da barbearia. O Tatá começou o serviço e eu, ainda bem
pequeno, matava minha curiosidade observando tudo que podia no animal. O Tatá
percebeu e resolveu me colocar montado no cavalo, que a princípio eu aprovei de
pronto. De pronto também foi o tombo e o choro.
Encostado do lado de fora da porta
com o olhar comprido para meu Tio, ainda soluçando, Sussurrei baixinho, o que
provocou risos nos dois espectadores:
_ Tatááá... Ocê agora tem de “ir lá na” farmácia comprar os remédios –
viu !!!???
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