Jorge Luis Borges nasceu em
24 de agosto de 1899 em Buenos Aires e faleceu na Suíça (Genebra) em 14 de
julho de 1986. Foi um escritor precoce. Aos seis anos de idade disse ao pai que
queria ser escritor e aos sete começou a escrever.
"Não criei personagens. Tudo o que escrevo é autobiográfico. Porém,
não expresso minhas emoções diretamente, mas por meio de fábulas e símbolos.
Nunca fiz confissões. Mas cada página que escrevi teve origem em minha
emoção". (Borges)
Este é o meu conto
fantástico preferido porque me ajudou muito a tornar-me o que sou hoje. Em cada palavra e em cada frase sempre me
deparo com uma surpresa o inusitado, mas que provoca e instiga. Desde as cores
(cinza, amarelada, branca que velhos olhos não enxergam etc.) aludidas em
diversas passagens até uma geografia sem preocupação com um onde cartograficamente
fixo. Uma integração desconcertante do futuro com o passado. Uma clepsidra
(relógio de água) sobre a mesa, retorno ao latim, Hitler como filantropo, fatos
como coisas sem nenhuma importância, a falta de função para o dinheiro, o fim
das cidades, o desuso dos governos, e por aí a fora. Mas o que mais me marcou
foi a solução para a questão da solidão. Esta passou a ser uma coisa
extremamente positiva em minha vida. Aprendi a estar comigo mesmo e aproveitar
cada instante sendo eu mesmo, aceitando a ideia de que cada um deve produzir
sua própria obra, sua própria arte, sua própria ciência sem a preocupação com nenhuma
crítica, a não ser a sua própria.
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